sábado, 17 de junho de 2017

ALPB reconhece Rádio Tabajara como Patrimônio Cultural da Paraíba

Foto: Roberto Guedes
Reconhecimento, honraria, merecimento, aplausos…

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta segunda-feira (12), uma Sessão Especial em homenagem aos 124 anos do Jornal A União e aos 80 anos da Rádio Tabajara.

Na oportunidade a Casa Legislativa reconheceu a Rádio Tabajara como Patrimônio Cultural da Paraíba.

Durante a solenidade, o momento mais esperado, o lançamento do livro do jornalista Josélio Carneiro. A obra reúne 70 depoimentos e uma história contada por meio de 140 fotografias, dos anos 1930 aos dias atuais.

A Sessão foi proposta pelo deputado Hervázio Bezerra e contou com a presença de profissionais de imprensa, auxiliares do Governo do Estado e representantes de entidades de classe.


Hervázio Bezerra e Duda Santos. Foto: Roberto Guedes
A superintendente da Rádio Tabajara, Duda Santos, enfatizou: “Os paraibanos tiveram a oportunidade de ouvir a narração de grandes jogos da Copa do Mundo, grandes programas de auditório, acontecimentos relevantes. O grande desafio é avançar preservando essa história, que deixa a todos nós muito orgulhosos”.

Murilo Padilha, diretor-administrativo de A União, ressaltou: “Somos um dos poucos jornais oficiais em circulação no Brasil, com 124 anos de história contada com muita ética, muito respeito ao leitor”.

O presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), João Pinto, notabilizou a importância de A União e da Rádio Tabajara para o estado da Paraíba. “São dois veículos com relevantes serviços prestados à sociedade paraibana ao longo desses anos, informando com ética e responsabilidade”.

                                      Jornal a União



O único jornal oficial que ainda existe no país. Foi fundado no dia 2 de fevereiro de 1983 pelo presidente da Província, Álvaro Machado, o seu primeiro diretor foi o jornalista Tito Silva.

No início da sua fundação os escritórios e tipografia ficavam localizados na Rua Visconde de Pelotas, 49, esquina com a Rua Miguel Couto, no Centro da Cidade Alta.

O edifício foi demolido para alargar a via que dá acesso a Lagoa do Parque Sólon de Lucena.

O Jornal é exemplo de jornalismo em termos de informação ao leitor, ao longo dos anos vem marcando pelo diferencial da objetividade e qualidade.

A União segue exercendo sua missão histórica. O jornal oficial nada fica a dever aos concorrentes do setor privado, em termos de informação ao leitor.


                            Rádio Tabajara da Paraíba

Foto: Reprodução
Uma das emissoras mais antigas do Brasil. Foi fundada como um órgão do Governo do Estado da Paraíba, pelo governador Argemiro de Figueiredo, na época chamava-se de Rádio Difusora da Paraíba PRI-4.

A Rádio Tabajara transmite nas frequências 110 kHz (AM) e 105,5 MHz (FM).

Na época de ouro do rádio, entre as décadas de 1940 a 1960, a Rádio Tabajara apresentava programas de auditório com artistas nacionais e internacionais.

A programação musical da emissora dá destaque a MPB e artistas da Paraíba.

Teatro Santa Rosa lotado em programa de Paschoal Carrilho. Livro Rádio Tabajara Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba. Foto: Reprodução

O livro: Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba

Josélio Carneiro apresentando o livo Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba. Foto: Roberto Guedes
A obra de autoria do jornalista Josélio Carneiro, reúne, 70 depoimentos de Ivan Bezerra, Jadir Camargo, Airton José, Ana Paula, Carlos Antonio, maestro Severino Araújo, cantores Ruy de Assis e Jaime Tavares, compositor Zé Pequeno, locutores Spencer Hartmann, Ruy Lemos, Walter Lins, Geraldo Cavalcante, Humberto Lucena, Sérgio de Andrade, Odonildo Dantas, Josy Gomes, Josy Aquino, Gilberto Martins, Márcia Cabral, além dos jornalistas e ex-diretores Deodato Borges, Petrônio Souto, Paulo Santos, Adalberto Barreto, Antonio Barreto Neto, Biu Ramos, Gilvan de Brito, Gilson Souto Maior, Wellington Farias, Germano Barbosa, Ulisses Barbosa, Glaucia Magalhães, Juarez Diniz, Lúcia Figueiredo, Lenilson Guedes, José Octávio de Arruda Mello, além de entrevista com a diretora presidente da Rádio Tabajara S.A. Maria Eduarda Santos.

Livro Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba. Foto: Roberto Guedes
O livro Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba foi prefaciado pelo jornalista e radialista Nakamura Black.

“Apesar de todas as dificuldades em seus 80 anos de atuação, a emissora, segundo Genésio de Sousa Neto, seu diretor entre 2000/2002, ‘conseguiu resistir ao tempo e hoje ultrapassa a fronteira do século…’ e se consolida como uma notável rádio-escola, celeiro de muitos talentos”. (Trecho/Prefácio/Nakamura Black/Pág.10)


Alguns depoimentos citados no livro:

"Portanto, que a Tabajara possa ter mais 80 anos, mais 160 anos, sendo moderna, agregadora de valores e sendo principalmente a rádio de todos os paraibanos como efetivamente ela é.” (Governador Ricardo Coutinho) Foto: Reprodução

“A Rádio Tabajara foi uma escola na minha vida. Foi através do microfone da Tabajara que, com muita dignidade, constitui minha família.” (Locutora Ana Paula) Foto: Reprodução

“Você imaginar que a Rádio Tabajara esteve e está entre as 100 primeiras instaladas e em funcionamento no Brasil inteiro, até os dias de hoje, com a sua pujança, sua força, valorizando, defendendo a cultura paraibana, e sobretudo representando um pouco da voz, do sentimento e da produção artística, cultural, esportiva desse nosso estado. Isso é motivo de satisfação, de grande orgulho.” (Secretário de Comunicação Institucional, Luis Torres) Foto: Reprodução
“A Tabajara foi régua e compasso de tudo de bom que aprendi a fazer na vida. – No desenho, como na vida, sem régua e sem compasso, nada feito.” (Ipojuca Pontes) Foto: Reprodução


"A Rádio Tabajara chegou a ser ouvida em quase todo o país através das ondas tropicais.” (Locutor Geraldo Cavalcante) Foto: Reprodução


“Olha a hora: 13h13. Hoje dia 13. Você está ligado no Show das 13. O Programa das 13 letras, na emissora das 13 letras, com o locutor das 13 letras – que dá sorte com 13.” (Locutor Carlos Antonio) Foto: Reprodução

“Certa vez, no Sertão, em pleno sol do meio dia, o governador Wilson Braga pediu para soprar no ouvido do prefeito informando-o que ele devia encerrar o discurso. O perfeito saiu com essa no microfone: tem um puxa-saco do governo pedindo para eu encerrar as minhas palavras. Vou encerrar, mais gostaria de dizer ao governador que o castigo do sol quente eu também estou levando.” (Clodoaldo Oliveira) com Marcelo Xavier. Foto: Reprodução


“Há. Tabajara! Costumo dizer que a Rádio Tabajara meu deu régua e compasso. Foi escola de ética e onde tive a oportunidade de desenvolver a função social do jornalismo sério, comprometido com a informação de utilidade pública, fugindo do sensacionalismo.” (Lúcia Figueiredo) Foto: Reprodução

“Eu imitava os locutores fingindo estar num estúdio de rádio no quintal da minha casa, junto a um falso microfone e um emaranhado de fios.” (Locutor de Por Falar em Saudade – Spencer Hartmann) Foto: Reprodução

“Credito à Tabajara a minha formação de radialista. Com passagens marcantes por outros prefixos, fiz da Tabajara a minha casa, mesmo estando fora dela. Na verdade nunca me senti ‘fora de casa’, porque a Tabajara nunca saiu de mim, nessa simbiose de cumplicidade em afetos e respeitos, múltiplos e mútuos.” (Germano Barbosa) Foto: Reprodução

“A Rádio Tabajara tem esse trinômio música, esporte e notícia preservado desde a inauguração em 1937 pelo governador Argemiro de Figueiredo.” (Jadir Camargo)

“A Rádio Tabajara da Paraíba foi um sonho meu de menina que foi realizado. Um amor à primeira vista daqueles que não tem fim. Abdiquei de ser repórter de TV, para realizar este sonho de vir para a capital trabalhar na emissora. Durante todos estes anos, entrou governador e saiu governador e eu continuei fazendo parte da equipe da Tabajara, com dedicação exclusiva.” (Josy Gomes, trabalhou na emissora, de dezembro de 1992 a fevereiro de 2008) Foto: Arquivo Pessoal

Parabéns, minha querida PRI-4 Rádio Tabajara da Paraíba, sedutora ‘coroa’ octogenária do meu coração…” (Carlos Pereira) Foto: Reprodução

“Sou grato a Deus por ter trilhado esse caminho na radiofonia paraibana deixando para a história, esses relatos de tanta gente que fez e faz a rádio pioneira da Paraíba.” (Josélio Carneiro, autor do livro Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural do Estado da Paraíba) Foto: Roberto Guedes

sábado, 3 de junho de 2017

Pesquisadores brasileiros desenvolveram cadeira de rodas guiada por expressões faciais

Foto: Reprodução
A pesquisa foi desenvolvida na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O projeto que teve origem em maio de 2016, foi apresentado em fevereiro, pela startup brasileira Hoo.Box, no Campus Party 2017.

A cadeira de rodas pode ser controlada por pequenos movimentos da face, da cabeça ou da íris.

Paulo Pinheiros, CEO da Hoo.Box, explicou que o sistema funciona por meio de um kit batizado de Wheelie 7. O software é capaz de identificar as expressões faciais e transformá-las em impulsos elétricos que levam à movimentação da cadeira. “O interessante é que o Wheelie pode ser instalado em cadeira de rodas motorizadas comuns, vendidas no mercado. Não precisa ser acoplado a um equipamento especial”.


Foto: Reprodução
O equipamento é considerado experimental e de alto custo. Porém, o projeto de pesquisa tem como objetivo adaptar a tecnologia para torná-la mais acessível e colocá-la no mercado brasileiro dentro de dois anos.

Segundo o professor Eleri Cardozo, a tecnologia poderá beneficiar pessoas com tetraplegia, vítimas de acidente vascular cerebral, portadores de esclerose lateral amiotrófica ou outras condições de saúde que impedem o movimento preciso das mãos.

O grupo do projeto adquiriu uma cadeira motorizada convencional, retirou o joystick e a equipou com diversos dispositivos normalmente encontrados em robôs, como sensores capazes de medir a distância de paredes e de outros objetos ou detectar diferenças de profundidade no piso.


Foto: Reprodução
O protótipo também foi equipado com um notebook que envia os comandos diretamente para a cadeira e com uma câmera 3D, que permite interagir com o computador por meio de expressões faciais ou movimentos corporais. A cadeira tem ainda uma antena wifi que permite a um cuidador dirigir o equipamento remotamente, pela internet.

O pesquisador Eleri Cardozo apontou: “A câmera identifica mais de 70 pontos da face – em torno da boca, do nariz e dos olhos – e, a partir da movimentação desses pontos, é possível extrair comandos simples, como ir para frente, para trás, para a esquerda ou direita e, o mais importante parar”.


Foto: Reprodução
De acordo com as informações, o grupo também trabalha em uma tecnologia de BCI que permite extrair sinais diretamente do cérebro, por meio de eletrodos externos, e transformá-los em comandos. 

O equipamento, no entanto, ainda não está embarcado na cadeira robotizada, pensando justamente nos pacientes com quadros ainda mais graves, que impedem até mesmo a movimentação facial.

O projeto, que ainda é um protótipo, recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (a FAPESP) e já possui unidades comercializadas devido à alta demanda que a empresa recebeu. Cada kit custa 3 000 dólares ( cerca de 9 300 reais).





Cadeirantes aventureiros

Uma empresa americana, a Outrider EUA criou um modelo de veículo elétrico para possibilitar que pessoas em cadeiras de rodas façam trilhas de aventura.

Ideal tanto para o contexto rural quanto para o urbano, a Horizon Eletric Bike ajuda os aventureiros que encontrem problemas como a falta de acessibilidade.

Foto: Reprodução
A invenção pode ser comandada tanto pelos membros inferiores quanto pelos superiores, possibilitando que pessoas paraplégicas ou até tetraplégicas utilizem o veículo. 

O projeto foi acompanhado de perto por uma pessoa com deficiência física. Um dos co-fundadores da empresa criadora do produto, o Ph.D Christopher J. Wenner é tetraplégico e apaixonado por aventuras.

Com informações: Veja / Agência Fapesp / Notícias Uol / Catraca livre