sábado, 25 de março de 2017

Bióloga brasileira premiada entre as 15 melhores cientistas do mundo


Foto: Reprodução/Fernanda Werneck
Fernanda de Pinho Werneck, 35 anos, bióloga de Brasília (DF), ganhou um prêmio científico da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A cientista brasileira foi premiada no dia 21 de março, em Paris, ao subir no palco do Hotel Pullman, declarou: Precisamos repensar os nossos hábitos se quisermos deter o avanço do aquecimento global", um apelo que ela repete sempre.

Goiana, cresceu em Brasília, considerada uma das melhores 15 cientistas do mundo e acaba de entrar para o Hall Internacional da Ciência. Integra este ano a edição da “Rising Talents”, um programa criado pela L’Oreal-Unesco para a promoção e incentivo do papel das mulheres na ciência.

A pesquisadora realiza estudos sobre as mudanças climáticas e os riscos de extinção e o potencial futuro de diferentes espécies e populações, trabalha com a biodiversidade de anfíbios e répteis, investiga os possíveis efeitos do aquecimento global, e verifica como a temperatura afeta os maiores ecossistemas da América do Sul, que são a Floresta Amazônica e o Cerrado, e a zona de transição entre eles, o chamado ecótono.

“Os animais dessa região dependem muito da temperatura ambiental para regular a temperatura do corpo e são mais suscetíveis às mudanças”, afirma Fernanda.

Em entrevista à RFI Brasil, Fernanda Werneck reflete: “Tentamos entender a diversidade genética dessas populações usando tecnologias de sequenciamento ultramodernas, que tem um alto custo laboratorial”.

Foto: Reprodução/Fernanda Werneck
A cientista brasileira comemorou o prêmio recebido. “Não é todo dia que temos a oportunidade de divulgar nosso trabalho, seus resultados e a importância desse tipo de pesquisa de base que nos permite entender nossas espécies para poder justamente preservá-las”, salienta. 

Fernanda também falou sobre o aumento do número de mulheres brasileiras na ciência: “Os resultados foram bem surpreendentes, já que indicam que o Brasil foi um dos países que mais avançou. Atualmente, 50% dos trabalhos científicos são de autoria feminina. Mas muito embora exista um certo avanço nesse sentido, sabemos que progressos podem ser facilmente revertidos”, alerta a pesquisadora.

Na oportunidade Fernanda incentivou as mulheres que pretendem seguir o mesmo caminho que ela: “Não desista, continue, por mais que o caminho possa vir a ser turbulento em alguns momentos. Não importa a região, a classe social, ou o gênero. O que nós precisamos é dos melhores cérebros”.


Foto: Reprodução/Fernanda Werneck
De acordo com os dados mundiais revelados pela consultoria Boston Consulting Group, uma menina que se forma no ensino médio tem, em média, 35% de probabilidade de seguir uma graduação em área científica, 18% de chance de se formar, 8% de fazer um mestrado e 2% de se tornar uma doutora em ciência. Para os homens, estes números são respectivamente 77%, 37%, 19% e 6%. 

No Brasil, a bióloga Fernanda Werneck, de 35 anos, conseguiu superar as estatísticas e teve sua trajetória profissional reconhecida por um prêmio internacional para mulheres cientistas.

A investigadora enfatiza: “Os resultados foram bem surpreendentes, já que indicam que o Brasil foi um dos países que mais avançou. Atualmente, 50% dos trabalhos científicos são de autoria feminina. Mas muito embora exista um certo avanço nesse sentido, sabemos que progressos podem ser facilmente revertidos”.

“A carreira científica não é fácil. Exige muitas horas, muitas viagens. Muitas vezes não conseguimos acomodar com uma rotina”. (O Globo)

Foto: Reprodução/Fernanda Werneck
“Mulheres na ciência tem o poder de mudar o mundo”.

O International Rising Talents tem por objetivo impulsionar o percurso de excelência de jovens e promissoras cientistas até se tornarem pesquisadoras internacionalmente reconhecidas. 

Essa premiação é concedida a 15 jovens cientistas por ano, três de cada região do mundo: África e Estados Árabes, Ásia e Pacífico, Europa, América Latina e América do Norte. 

O prêmio fá foi recebido por duas brasileiras: a farmacêutica Carolina Horta em 2015, e a professora Elisa Orth (Ciências Química), em 2016, ambas, assim como Fernanda, também vencedoras do “Para Mulheres na Ciência”. 

Para conquistar esta premiação, o primeiro passo é inscrever-se no “Para Mulheres na Ciência”, as inscrições estão abertas para a sua 12ª edição. No Brasil também conta com a parceria da Academia Brasileira de Ciências. Todo ano, sete pesquisas são premiadas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil cada.

*Para inscrever-se no projeto é só acessar:
http://www.paramulheresnaciencia.com.br

Fernanda Werneck fala sobre o seu trabalho e premiação - Vencedora do prêmio Para Mulheres na Ciência no ano de 2016,  Confira o vídeo:



Com informações O Globo/ RFI Brasil/ SóNotíciaBoa/Academia Brasileira de Ciências/Loreal.com.br/Revista Amazônia/For Women in Science/

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